Quem foi Jesus Cristo?

Talvez ninguém tenha exercido tanta influência na história mundial como Jesus de Nazaré. A questão de saber quem foi Jesus vem intrigando a cultura ocidental por 2 mil anos.

Foi ele um visionário religioso? Ou um homem pio que queria ensinar a seus companheiros como viver? Pode ele ser comparado com os muitos judeus seus contemporâneos que estavam se apresentando como o prometido Messias? Ou é ele o Filho de Deus e salvador da humanidade?

Podemos abordar tais questões lendo as narrativas bíblicas sobre Jesus e estudando a época em que ele viveu. Mas as respostas que encontraremos serão baseadas na fé. É a fé na ressurreição do Filho de Deus que constitui a pedra fundamental do cristianismo. Contudo, há poucos historiadores modernos que discordam da afirmação de que Jesus de fato existiu.

Histórias que foram escritas nos dois primeiros séculos após a morte de Jesus (como as do historiador judeu Flávio Josefo, e dos historiadores romanos Tácito e Suetônio) contêm breves comentários sobre ele. Jesus não é um personagem de ficção.

Jesus de Nazaré (C. 6 A.C. – 30 D.C.)

Jesus nasceu antes da morte de Herodes, o Grande, provavelmente no ano romano de 749. Quando nosso calendário atual foi introduzido, acreditava-se que Jesus tinha nascido em 754; temos aí, portanto, uma discrepância cronológica de pelo menos cinco anos.

Jesus era um judeu, e na época de sua juventude o reino judaico estava sob o controle direto de um oficial do Império romano. Jesus se tornou um profeta itinerante, baseando suas ideias nas escrituras judaicas. Mas logo ficou claro que ele estava formulando uma doutrina independente, pois com frequência dizia coisas como:

“Vós aprendestes o que foi dito a vossos antepassados… Eu, porém, vos digo…”.

No ano 29 ou 30 de nosso calendário, Jesus foi acusado de blasfêmia por um tribunal religioso judaico. Um alto funcionário romano, Pôncio Pilatos, atendeu ao apelo dos anciãos judeus e sentenciou Jesus à morte, executando-o por crucificação. Pilatos o sentenciou por ter se rebelado contra o Estado romano.

O Jesus da história

Em razão de uma série de discrepâncias entre os evangelhos, é quase impossível pintar um retrato biográfico detalhado de Jesus. Os evangelhos nos mostram como a Igreja cristã compreende Jesus. Os evangelhos estão permeados com a crença de que Jesus é o Messias prometido pelo Antigo Testamento.

O objetivo dos evangelhos não era a veracidade histórica, e sim a proclamação de uma mensagem. O que importa na maneira como eles falam sobre Jesus não é que ele morreu na cruz, mas por que ele morreu.

E fundamental manter a distinção entre os evangelhos e a ciência histórica. Os historiadores, empregando métodos científicos, podem dizer que Jesus foi provavelmente um homem que insistia em ser investido de autoridade divina, e que mais tarde houve um grupo de pessoas que acreditaram que ele ressuscitou. Os evangelhos e a Igreja, por sua vez, proclamam que Jesus de fato tinha autoridade divina e que de fato ressuscitou. Ninguém pode justificar a fé cristã ou qualquer que seja por meios científicos, nem refutá-la com base nesses métodos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima