Através da história da Igreja, já existiram várias opiniões sobre juízo, salvação e perdição, e continuam a existir entre os cristãos de hoje. De modo geral, há três visões bem diferentes:
- Apenas uns poucos serão salvos; os outros terão a condenaçãoeterna (ou pelo fogo do inferno ou pela ausência de Deus);
- Apenas alguns serão salvos; outros morrerão “a outra morte”, ou seja, serão aniquilados para sempre;
- Toda a humanidade será salva. No Dia do Juízo todos os vivos e os mortos se ajoelharão diante do Senhor, e Deus será “todas as coisas para todos os homens”.
Esses pontos de vista —- todos os três — fundamentam-se em passagens das escrituras.
A ideia do Inferno
Durante a Idade Média, faziam-se descrições especialmente vividas dos tormentos do inferno, porém as origens desse conceito se encontram no antigo Israel. A palavra nórdica Helviti (punição da deusa da morte), da qual deriva a palavra inglesa hell (inferno), é uma tradução da palavra Gehenna (Geena) do Novo Testamento, que significa em hebraico “Vale de Hinom”.
Esse vale, ao sul de Jerusalém, era notório pela idolatria.
Na época de Jesus o nome Geena decerto lembrava as chamas eternas do castigo. Com base nas citações do Novo Testamento, é impossível dizer se esse fogo é uma tortura eterna ou o esquecimento, a anulação. Há também uma distinção entre o inferno e o Hades, o reino dos mortos, onde as almas ficam até o Dia do Juízo.