Um aspecto importante em todas as religiões é a irmandade entre seus seguidores. Formam-se tipos específicos de comunidades regulamentadas e são nomeados representantes para dirigir o culto religioso.
No caso dos povos tribais, existe pouca, ou até mesmo inexiste, divisão funcional especificamente religiosa. A tribo constitui uma estrutura social, política e religiosa, e com frequência o próprio chefe é o sacerdote. Contudo, há sociedades sagradas das quais só podem participar pessoas selecionadas — em geral homens.
No Egito antigo, na Grécia clássica e na Noruega dos vikings, a relação era simples: a religião era parte de uma cultura comum. Situação semelhante se vivia na Europa medieval, quando a Igreja católica tinha poder absoluto, ou então, nos dias de hoje, em certos países muçulmanos, onde todo o poder religioso e político pertence a um líder nacional (por exemplo, o rei do Marrocos).
Nos lugares onde várias convicções religiosas devem conviver lado a lado, a questão da organização se torna mais complicada. Quando se funda uma nova religião, rompendo com as tradições locais de culto, forma-se uma nova congregação que estará em minoria, pelo menos no início. Foi essa a situação dos seguidores do Buda, de Maomé e de Jesus, e através da história tem sido o destino de todos os grupos que se libertaram das grandes religiões e criaram suas próprias igrejas ou seitas. Nessas comunidades o vínculo entre os membros por vezes é mais forte do que nas religiões estatais ou locais.
Muitas religiões têm ordens especiais que impõem regras estritas a seus membros. As mais comuns são as ordens de monges e freiras, cujos noviços e noviças devem prometer guardar o celibato e aceitar a pobreza pessoal.
Excetuando-se certas religiões primais, a maioria possui “funcionários” próprios, com responsabilidade exclusiva pelas formalidades do culto e por outras tarefas religiosas.
Determinadas organizações (como a Igreja católica romana) são rigidamente estruturadas em linhas internacionais e contam com um líder absoluto. Outras igrejas podem atuar no plano nacional (como a da Noruega) ou no plano da congregação local (como o pentecostalismo).