O Espírito Santo e a Igreja cristã

É indissociável do Cristianismo que Jesus está vivo e sua obra é continuada pelo Espírito Santo. Em todo o Novo Testamento, Jesus é descrito como um homem distinto do Pai. Por exemplo, diz-se várias vezes que ele orou a Deus. O espírito de Deus — ou Espírito Santo — ocasionalmente também é descrito como uma força pessoal. E, em algumas passagens, o Pai, o Filho e o Espírito Santo se transformam numa fórmula.

Será que a doutrina da Trindade significa que o cristianismo não é uma religião monoteísta? A Bíblia não contém nenhuma doutrina satisfatória sobre o relacionamento entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, mas, no decorrer dos séculos IV e V d.C, desenvolveu-se a doutrina trinitária. Segundo esta, Deus são três “pessoas” numa única divindade. O sentido de pessoa não era “indivíduo”, como hoje. Persona quer dizer “máscara”, ou “papel”, e deriva do teatro clássico, no qual um mesmo ator usava máscaras para representar diferentes papéis.

O Espírito Santo é o Espírito de Deus. No primeiro capítulo da Bíblia, o Espírito de Deus é descrito como a força criativa e doadora de vida. Porém, no Novo Testamento, o Espírito Santo passa a ser associado a Cristo, e quando os primeiros autores cristãos descrevem sua vida religiosa, dizem com frequência “uma vida no Espírito Santo”, assim como “uma vida em Cristo”.

No segundo capítulo dos Atos dos Apóstolos, há uma descrição do modo como os apóstolos receberam o Espírito Santo. Os seguidores de Jesus haviam se reunido após sua morte para celebrar o Pentecostes, quando Deus enviou o Espírito. Considera-se esse o momento inicial da Igreja cristã, e suas atividades religiosas mais importantes são descritas no mesmo capítulo: “Eles mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações”.

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