Jesus pôs em prática o Evangelho do Reino de Deus

Jesus não apenas proclamou o evangelho do reino de Deus; ele o pôs em prática. Demonstrou o que queria dizer com “caridade” em situações reais. Tais ações incluíam curar os doentes. Os milagres da cura não foram simplesmente uma expressão da compaixão de Jesus, mas uma prova de que o poder do reino de Deus estava ativo.

Foi em parte por causa de seu amor incondicional ao próximo que Jesus entrou em conflito com os escribas e os fariseus. Atacaram-no por comer juntamente com “coletores de impostos e pecadores”, por expulsar “demônios” e em especial por distribuir o “perdão dos pecados”. Que direito tinha ele de fazer isso?, perguntavam.

Jesus defendeu suas ações numa série de parábolas que criticam diretamente o tipo de religiosidade representada pelos escribas e fariseus. Estes acreditavam que a questão era entrar num relacionamento correto com Deus mediante os esforços da própria pessoa. Aqueles que mantinham a Lei eram o verdadeiro povo de Deus, ao passo que os que a infringiam, mereciam o castigo de Deus.

Assim, misturar-se aos coletores de impostos e aos pecadores era ignorar as exigências de pureza e de uma vida moral. E o cumprimento dos muitos mandamentos e das muitas regras acerca da pureza constituía um pré-requisito para a vinda do reino de Deus.

Todo tipo de religiosidade autocentrada foi descartada por Jesus. O homem não pode tornar a si mesmo merecedor da redenção divina. O amor de Deus oferece perdão e comunhão, sem questionar se o homem de fato os merece.

Uma história do Novo Testamento que comprova como o próprio Jesus praticava esse amor sem reservas é a do lava-pés. Ao se encontrar com seus discípulos durante a Última Ceia, Jesus se ajoelhou e lavou-lhes os pés. Foi um gesto inaudito, pois os servos é que costumavam fazer tarefas como essa, e Jesus era o amo e senhor de seus discípulos.

Essa história confirma que o reino de Deus não é um mero presente de Deus ao homem, mas uma tarefa que o homem é chamado a realizar. Jesus não viu como seu dever simplesmente dar aos homens uma imagem melhor de Deus; ele quis atraí-los para uma comunhão com Deus. O amor de Deus exige que o homem imite esse amor.

As epístolas de são João também enfatizam a correlação entre o amor de Deus pelo homem e o amor dos homens um pelo outro, o amor fraterno:

Quanto a nós, amemos,

porque ele nos amou primeiro.

Se alguém disser:”Amo a Deus’,

mas odeia o seu irmão,

é um mentiroso:

pois quem não ama seu irmão, a quem vê,

a Deus, a quem não vê, não poderá amar.

É este o mandamento que dele recebemos:

aquele que ama a Deus,

ame também o seu irmão.Primeira

Epístola de São João 4,19-21

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