O Corão tem uma visão favorável da atividade econômica. Menciona em particular o comércio, que era a principal fonte de subsistência em Meca, cidade de trânsito na época de Maomé. O Corão não questiona o direito à propriedade privada, mas há arranjos especiais que impõem certas limitações à riqueza e à propriedade. A mais importante é a proibição dos juros, proibição que não é aplicada de modo uniforme, em particular na área das finanças internacionais. A obrigação religiosa de dar esmolas passou a ser, na prática, uma taxa ou um imposto sobre a propriedade.
Em vários trechos o Corão alerta que as riquezas se tornam uma tentação que afasta as pessoas de Deus.
O pensamento social em que até certo ponto se baseia a ideia de caridade afirma que os ricos devem dar aos pobres. Os políticos de mentalidade reformista transformaram esse princípio numa política econômica de cunho socialista. Na maioria dos países árabes impera o mercado livre na economia.