A Igreja católica romana

A Igreja católica romana é a maior de todas as igrejas. Existem cerca de 1 bilhão de cristãos no mundo. Aproximadamente metade deles pertence ao catolicismo.

Uma das organizações mundiais mais fortes e mais rigidamente estruturadas, a Igreja católica é governada por leis estabelecidas com precisão. Sua hierarquia, composta pelo papa, pelos bispos e padres, possui grande autoridade sobre a camada inferior, os leigos.

O papa

A posição proeminente do papa como líder de todos os fiéis se baseia no fato de que ele é o sucessor do apóstolo Pedro.

As palavras de Jesus a Pedro: “E sobre esta pedra edificarei a minha igreja” foram gravadas em ouro no domo da catedral de São Pedro em Roma.

Em 1870, foi proclamado o dogma da infalibilidade do papa em questões de fé. Em tais casos — na prática aconteceu apenas duas vezes —, diz-se que o papa fala ex cathedra, isto é, de cadeira. Isso não significa que o papa esteja isento de pecado; ele também deve se confessar regularmente. Tampouco ele pode introduzir uma nova doutrina. Mas ele tem a autoridade para decidir se algum assunto está em conformidade com a Bíblia e com a tradição eclesiástica. Ele não toma essas decisões sozinho, e sim junto com os bispos. O papa é igualmente um bispo, o bispo de Roma. Em tempos antigos ele tinha grande poder temporal bem como espiritual e no decorrer da história já houve muitos conflitos agudos entre a Igreja e o Estado. O papa continua sendo o chefe de um pequeno Estado, o Vaticano, que tem sua própria moeda, polícia, estação de rádio, seu próprio correio e corpo diplomático.

Bispos e padres

Os bispos seguem as pegadas dos apóstolos. Desde o tempo dos primeiros apóstolos, novos líderes clericais foram ordenados pela imposição das mãos, e essa tradição (a sucessão apostólica) perdura até hoje.

Uma das funções mais importantes de um bispo é ordenar padres em sua diocese. A principal tarefa de um padre é dirigir sua paróquia ou comunidade, pela pregação e pelo serviço divino, sobretudo pela administração dos sacramentos. Embora a participação ativa dos leigos na Igreja católica romana tenha aumentado em anos recentes, os padres ainda ocupam uma posição de maior autoridade nesta igreja do que nas outras.

Os padres têm autorização especial para pregar a Palavra e administrar os sacramentos (considerados manifestações visíveis da graça de Deus). Os padres são investidos dessa autorização quando seus bispos os ordenam (sacramento da ordem).

A organização estrita da Igreja católica não é coincidência. Ela é vista como algo iniciado pelo próprio Jesus e como uma expressão visível do reino de Deus aqui na terra. Os padres devem dedicar sua vida a Deus, à Igreja e à humanidade. Por essa razão, não podem se casar e constituir família (celibato).As mulheres não têm permissão de exercer o sacerdócio na Igreja católica. Hoje, é um assunto em discussão, principalmente nos Estados Unidos, e já se ressaltou que não existe qualquer fundamento bíblico para tal proibição, apenas razões culturais e tradicionais.

Quatro características da igreja católica romana

Os católicos ensinam que a Igreja tem quatro características que também distinguiram a primeira Igreja cristã:

  • Ela é una. Fiéis à Palavra de Jesus acerca da unidade, os apóstolos se esforçaram para garantir que todos os cristãos aprendessem a mesma fé e a mesma maneira de viver uma vida cristã. A expressão “Igreja una” significa ainda que existe apenas uma única e verdadeira Igreja , e não várias;
  • Ela é santa. O catecismo católico diz: “A Igreja é santa porque ensina uma doutrina santa e oferece a todos os meios para a santidade, sacramentos”;
  • Ela é católica. Isso quer dizer que ela é universal, mundial, para todos. Os primeiros cristãos atenderam o pedido de Jesus para levar o evangelho a todas as pessoas, e a Igreja continua enviando missões para o mundo inteiro;
  • Ela é apostólica. Ela é comandada por pessoas que são os sucessores dos apóstolos, permanecendo fiéis a doutrina deles.

A Bíblia e a tradição

É na Bíblia que a Igreja católica baseia, em grande medida, sua vida e seu dogma. Porém, a Bíblia é vista à luz da Tradição, isto é, da doutrina e dos costumes que foram transmitidos pela Igreja desde a época dos apóstolos. Evidentemente, a Tradição não é a transferência mecânica do legado oral deixado pelos apóstolos, e sim o desenvolvimento constante do potencial que existe no evangelho. Com a ajuda do Espírito Santo, a Igreja será capaz de compreender e revelar a mensagem de Deus de maneira cada vez mais clara. Mas o que quer que se entenda por “Tradição”, há uma crença católica comum que diz que apenas a Igreja, e não o crente como indivíduo, pode definir o que é Tradição.

Com base nisso é possível compreender as palavras do catecismo católico: “Esta transmissão viva realizada no Espírito Santo é chamada de Tradição, uma vez que é distinta das Escrituras Sagradas, embora intimamente ligada a elas. Através da Tradição, a Igreja, em sua doutrina, em sua vida e sua adoração perpétua, transmite a cada geração tudo aquilo que ela é, tudo em que ela acredita”.

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