Religiões: respostas para questões existenciais e a importância da tolerância
Compreender as religiões é fundamental para conhecermos o mundo em que vivemos pois elas ajudam a responder as questões existenciais que todos procuramos respostas:
- Quem sou eu?
- Como foi que o mundo surgiu?
- Que forças governam o mundo?
- O que acontecerá comigo quando morrer?
- Existe Deus ou Deuses?
Por serem questões existenciais, universais, elas formam a base de todas as religiões. E é fato que não existe nenhuma raça ou tribo de que haja registro que não tenha tido algum tipo de religião.
Noções básicas sobre as religiões
Ao longo da história foram registradas várias formas de religião. Por isso, sempre existem tentativas de explicar como elas surgem. Muitas pessoas já tentaram definir religião, buscando uma fórmula que se adequasse a todos os tipos de crenças e atividades religiosas partindo do princípio de que as religiões podem ser comparadas. Esse é um ponto em que nem todos os crentes concordam.

Religiões com origem na Índia
Hinduísmo
O hinduísmo é uma religião da Índia, mas tem muitos adeptos também no Nepal, em Bangladesh e no Sri Lanka. Depois de muitos anos de domínio colonial britânico, em 1947 a Índia se tornou uma república independente: um Estado secular (não religioso), com uma constituição que garantia direitos iguais para todas as denominações religiosas e proibia qualquer forma de discriminação baseada em religião, raça, casta ou sexo. Hoje cerca de 80% da população da Índia é hinduísta, 10% muçulmana e 4% cristã.
Budismo
O budismo se originou na Índia e sob esse; por esse aspecto, pode ser considerado uma religião indiana. Mas pouco resta do budismo na Índia de hoje; ele é mais difundido no Sri Lanka e no Sudeste da Ásia. Entretanto, o budismo também tem uma longa e importante história na China, na Coréia e no Japão. Excluindo a China, estima-se que quase 200 milhões de pessoas professam a fé budista.
Religiões com origem no extremo Oriente
O culto aos antepassados é um ponto comum à vida religiosa da China e do Japão. Trata-se de um dos elementos básicos tanto do confucionismo como do xintoísmo. Outra característica comum é a pluralidade religiosa. Várias religiões não só coexistem lado a lado, como também se influenciam umas às outras. Não é raro alguém seguir diversas religiões ou tirar inspiração de diversas religiões.
Desde tempos antigos os chineses falam nos “três caminhos”: taoísmo, confucionismo e budismo. O budismo veio da Índia e, além da China, propagou-se também no Japão, onde teve grande influência sobre a religião nacional, o xintoísmo.
No Japão, desde a Segunda Guerra surgiram ali inúmeras novas seitas e comunidades religiosas, com raízes no xintoísmo, no budismo e no cristianismo. Na China, por outro lado, a religião passou a exercer um papel cada vez menor nos anos do pós-guerra. Quando os comunistas e Mao Tsé-Tung assumiram o poder em 1949, a liberdade de expressão religiosa foi fortemente reprimida.
Confucionismo
Até 1911 a China era um império. O Império chinês era uma sociedade hierárquica, com líderes permanentes. A frente da administração havia uma elite de funcionários altamente letrados, os mandarins. Sua ideologia era o confucionismo, um conjunto de pensamentos, regras e rituais sociais desenvolvidos pelo filósofo Confúncio.
Veja mais sobre o Confucionismo…
Xintoísmo
No Japão, a antiga religião nacional é o xintoísmo. A partir de 500 D. C, o xintoísmo enfrentou dura competição com o budismo, e as duas religiões acabaram por influenciar uma à outra.
Taoísmo
O taoísmo se baseia num livro chamado Tao Te Ching, “O livro do Tao e do Te”. Tao (ordem do mundo) e te (força vital) são antigos conceitos chineses aos quais Confúcio deu uma interpretação um pouco diferente.
O Tao Te Ching é um livrinho de apenas vinte ou 25 páginas, dividido em 81 capítulos.
Tenri-kyo
A tenri-kyo tem suas raízes na religião nacional japonesa, o xintoísmo, mas sofreu influências de várias outras. Foi iniciada em 1838 por uma mulher, Miki Nakayama. O deus Oya-gami lhe fez muitas revelações divinas e passou a habitar dentro dela.
Religiões africanas
Três religiões dominam a África moderna. O cristianismo se encontra sobretudo no Sul e ao longo dos litorais leste e oeste. O centro do islã fica na África setentrional árabe, mas historicamente essa religião sempre teve penetração também ao sul do Saara. Há, por fim, as religiões primais, ou tribais, ou tradicionais, as mais difundidas antes da invasão cultural ocidental e árabe.
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Religiões com origem no origem Oriente Médio – onde surge o monoteísmo
rês das grandes religiões mundiais tiveram início no Oriente Médio: o judaísmo, o cristianismo e o islã. As três são monoteístas. São também chamadas “abraâmicas”, por sua fé no Deus Único, que teria se revelado ao primeiro dos patriarcas bíblicos: Abraão (c. 1800 a. C). As três exerceram influência na região do Mediterrâneo, mas o cristianismo e o islã se difundiram muito mais que o judaísmo. Atualmente, elas são as duas maiores religiões do mundo.
Enquanto o cristianismo é sobretudo a religião do Ocidente (três quartos de todos os cristãos vivem na Europa e nas Américas), o islã se tornou uma religião importante na Ásia (três quartos de todos os muçulmanos vivem nesse continente). Na África, essas duas religiões têm mais ou menos a mesma força. Judaísmo está deixando sua marca no Estado de Israel, que foi fundado em 1948, porém quase metade dos judeus vive nos Estados Unidos.
Judaísmo
A palavra judeu deriva de Judéia, nome de uma parte do antigo reino de Israel. Judaísmo reflete essa ligação. A religião é chamada ainda de “mosaica”, já que se considera Moisés um de seus fundadores.
Cristianismo
O cristianismo é a religião que mais caracteriza a sociedade ocidental. Há 2 mil anos permeia a história, a literatura, a filosofia, a arte e a arquitetura da Europa. Conhecer o cristianismo é pré-requisito para compreender a sociedade e a cultura em que vivemos.
Islã
O islã teve origem na Arábia e ainda hoje está intimamente relacionado à cultura árabe. Entre outras razões, porque o livro sagrado dos muçulmanos, o Corão ou Alcorão, foi escrito em árabe.